Fiz o trekking ao acampamento Base do Everest entre março e abril de 2011!
Agora, vou manter este espaço para discutir sobre trekking e esportes de aventura!!
Aqui está também o meu diário da viagem!
"Um homem precisa viajar por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhece o frio para desfrutar o calor - e o oposto. Sentir a distância."
Amyr Klink

domingo, 24 de agosto de 2014

Chegada a Huaraz

Sábado, 23 de agosto de 2014

Saímos de Lima hoje às 8:40 h num voo da LCPeru e chegamos depois de pouco mais de 50 minutos de voo ao aeroporto de Anta, uma pequena vila a cerca de 30 minutos de Huaraz. O aeroporto e um dos mais bonitos que já vi. Apesar de muito pequeno, esta pouco abaixo do pico Huascaran.
De lá, pegamos o transfer para o Hotel Casablanca, um hotelzinho super simples, bem fuleragem, no centro de Huaraz. Fica em frente ao mercado central da cidade. Depois de fazer o check-in - não lembro nem se pediram nossos documentos - nós encontramos com Scheler. Ele nos explicou tudo como seriam nossos dias aqui e nas montanhas. Dai, fomos conhecer um pouco da cidade.
Huaraz é uma cidade de cerca de 150 mil habitantes, estando metade disto na área mais urbana. A cidadezinha me fez lembrar um pouco de Kathmandu, pois é uma zona, carros, tuc-tucs (motos adaptadas que puxam uma carroceira, onde transportam os passageiros) e muita buzina. Clara que a poluição sonora e visual não é tão grande como Kathmandu, mas me fez lembrar os ótimos dias que passei lá.
Caminhamos pelas ruas e praças. E tudo muito seco e com muita poeira. As ruas são largas, mas tem alguns becos e pequenas praças escondidas entre eles. A Plaza de Armas é bem cuidada e ao lado, está a catedral, que foi destruídas no terremoto de 1970 e, desde então, está sendo reconstruída. Uma verdadeira obra de igreja!
Scheler fretou um taxi para nós e nós levou ao "mirador" para vermos o vale e a cadeia de montanhas que cerca a cidade. A vista é maravilhosa. Fiz várias fotos. De lá, descemos para tomar uma cerveja, afinal, ninguém é de ferro! Fomos ao 13 Buhos tomar cerveja artesanal. Top! Dai, fomos almoçar lá perto. Me ferrei!!! Pedi um prato típico, Cuy Apimentado - meio Porquinho da Índia, com cabeça e tudo!!! A aparência já não e boa e o sabor também não! A pele é torrada e dura, tem muita gordura embaixo e pouca carne. Não gostei e deixei quase tudo no prato.
Depois, mais lojinhas de equipo, Emerson e Marcelo compraram alguns casacos de segunda mão, baratos e em bom estado e eu umas meias de trekking mais leves. Encontramos com Scheler no hotel para combinarmos a programação de amanhã e tentamos descansar um pouco.
De noite, estávamos super cansados, nas fomos para rua ver o movimento e jantar. Depois de rodar bastante, terminamos comendo super bem no 13 Buhos e, finalmente, cama.
Amanhã, começam os trekkings.
Namastê!

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Rumo à Cordilheira Blanca

Hoje cheguei em Lima para mais uma viagem as montanhas! Dessa vez, não estou sozinho, vim com Emerson e Marcelo. Saímos hoje do Rio as 5:40 num voo da Avianca e chegamos em Lima por volta das 11 horas locais.
Após um lanche em frente as esteiras de pegar as malas - Emerson tinha trazido uns croisants, que traçamos antes de passar pela Aduana, viemos para o hotel, onde deixamos as malas e fomos para o shopping comprar equipamentos para o Marcelo. Ficamos horas escolhendo, primeiro na The North Face, depois na Tatoo, onde ele comprou tudo que precisava e eu aproveitei para comprar algumas pequenas coisas que faltavam. O shopping Larcomar em Lima e super bonito, construído abaixo do nível da rua e de frente para o Pacífico. Depois das compras, nada como um cerveja, um pisco sauer, ceviche e uma comida típica peruana!
Havia mais que eu estava querendo fazer um outro Trekking. Desde que voltei do Nepal, queria voltar às montanhas para uma nova expedição, e sentir o ar rarefeito, porém a falta de tempo e os compromissos familiares e de trabalho dificultavam. Aí,  ano passado fiz um MBA e tive aulas todos os sábados, então prometi que esse ano ia cuidar de me divertir. Daí, resolvi conhecer a Cordilheira Blanca. Já havia lido algumas coisas sobre os trekkings nas montanhas peruanas, especialmente na Cordilheira Blanca, na região Huaraz. Tem um ótimo guia sirito pelo Fabio Fliess no site Extremos (www.extremos.com.br). Como conseguiria fazer uma viagem não muito longa (7 a 8 dias) e com custo baixo, resolvi que esse seria meu destino.
Encontrei o Fabio Fliess no Facebook e pedi dicas sobre agências e roteiros. Ele me indicou o Scheler (http://www.schelerhuayhuashtrek.com). Entrei em contato com ele também pelo Facebook e, depois de várias mensagens e questionamentos, decidi a data e o trekking Santa Cruz-Llanganuco, que são 2 dias de aclimatação fazendo caminhadas nas proximidades de Huaraz e 4 dias acampando nas montanhas. Com tudo acertado e pronto para fazer a viagem sozinho, fui à festa de aniversário do Emerson e lá, comentei sobre a viagem e acabei ganhando meus dois companheiros que estão aqui comigo hoje.
Depois de tudo decidido, só faltava esperar e me preparar.
Porem, dessa vez, não sei se por relapso ou porque, quase não me preparei, indo de contrário a tudo que já preguei aqui sobre preparação. Ando super atarefado com o trabalho e, depois que tive uma fratura de estresse na tíbia esquerda, treinando para meia maratona, desanimei até de treinar. Quase não fiz exercícios específicos e andei faltando muito aos treinos na VidAtiva. Vagabundagem total!!
Agora, já estamos no Peru e é só torcer para tudo dar certo.
Amanha, rumaremos para Huaraz. Estou ansioso para mais essa aventura.
Namaste

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Campeonato Brasileiro de Trekking!

O trekking e uma forma saudavel de diversao e contato com a natureza!
Pratico trekking há alguns anos e, sempre como lazer e passeio, com objetivo de subir uma montanha, conhecer um lugar novo, curtir o visual e a natureza.
Mas, dessa vez foi diferente!
Estive em Passa Quatro - MG, nas terras altas da mantiqueira, participando do 10º Campeonato Brasileiro de Trekking. E claro que continuo querendo curtir o visual e a natureza, mas dessa vez foi participando de uma modalidade de esporte que até então não conhecia, o enduro a pé de regularidade. Nos inscrevemos na categoria "Trekkers", que é a mesma que iniciantes, porém podendo usar GPS e "computador de bordo".

A Equipe JF, formada por Luiz Cláudio, Alessandra, Adriana e eu, fomos estreantes na competição. Nunca tínhamos ouvido falar em campeonatos de trekking e não conhecíamos as regras. Chegamos em Passa Quatro de tivemos que descobrir tudo sobre as provas, uso de bússolas, medida de distância contando os passos, etc.

Equipe JF - Luiz Cláudio, Alessandra, eu e Adriana
Adriana medindo o comprimento de suas passadas

Foram 4 etapas, sendo que as duas primeiras ocorreram na noite do dia 15 de novembro e as outras 2 foram de dia, uma 16 e ou 17 de novembro. Nos 3 dias foram percorridos de 35 a 36 Km, subindo e descendo montanhas e pastos, dentro de rios, sobre estradas férreas, estradas de terras e ruas de Passa Quatro.
Largada para prova noturna
Equipe JF na largada para última prova

A sorte que Luiz Cláudio já participa de provas de enduro de moto há mais de 20 anos e, por isso, é excelente navegador, entendendo tudo de planilhas de navegação, cálculos de tempos para passagem nos PCs (postos de controle). Por isso, nossa equipe surpreendeu a todos e ficou super bem colocada nas provas.
Luty e Adriana fazendo cálculos e revisando as planilhas

Belas trilhas pelo caminho

Adriana com sua calculadora na contagem infinita de passos para calcular as distâncias

Passando por um PC (Alessandra e Adriana)

Caminhando pelos rios


Foram 3 dias de muita diversão, boas risadas, ótima comida no restaurando do Juliano, em Itanhandu, bons papos e muita, mas muita, malhação.
Valeu Equipe JF!!!

Namastê!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

EXPOSIÇÃO "ENTRE YAKS E YETIS"


Bom dia!
Então, depois que cheguei do Nepal e retornei à vida normal, acho que não deixei de pensar e lembrar da viagem um só dia. Foram horas, ou melhor, semanas, organizando as fotos e tudo da viagem.
A experiência vivida no Himalaia está sempre na minha memória. Foi, sem dúvida, a melhor viagem que já fiz.
E, agora, para coroar toda essa fase, estarei fazendo uma exposição com as melhores fotos da viagem.
A exposição, intitulada "Entre Yaks e Yetis" será aberta na quarta-feira, dia 21 de dezembro, no saguão da reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde sou professor.
Muitas das fotos expostas já estão no Blog e depois, colocarei aqui algumas fotos da exposição.

NAMASTÊ


terça-feira, 24 de maio de 2011

Mais Notícias do Everest 2011

Mais notícias da temporada 2011 no Everest.

A primeira notícia, que me deixou muito feliz, foi que Rodrigo Ranieri também chegou ao cume do Everest. Foi no manhã do dia 20 de maio, às exatas 9:55 h no horário local. Parabéns Rodrigo. Seu plano era descer do cume de parapente, porém as condições climáticas, principalmente a visibilidade do local do pouso impossibilitaram essa façanha.

Fonte: Portal Extremos (www.extremos.com.br)

Outro brasileira, Cid Ferrari, que também estava na montanha, infelizmente, devido a dores fortes no pé, não conseguiu chegar ao cume.

Porém, um nepalês de 29 anos, Babu Sanuwar, alçou voo do cume do Everest no dia 21 de maio e voo por sobre as mais belas montanhas do mundo, indo pousar próximo a Namche Bazar, na pista de Syangboche. Ele foi o terceiro alpinista a voar do cume do Everest. O primeiro foi o francês Jean Marc Boivin, em 1988.

Mais um recorde caiu no Everest nessa temporada. O americano Michael Horst chegou ao cume do Everest (8850 m) e em seguida do Lhotse (quarta montanha mais alta do mundo - 8516 m).

Bill e Sara McGahan, pai e filha, ela com 16 anos, que encontrei em Namche Bazar a caminho do Everest, infelizmente não conseguiram chegar ao cume e deixaram a montanha em 17 de maio. Daí dá para imaginar como é difícil a escalada do Everest. Quando os conheci em Namche, ainda estávamos no final de março, ou seja, eles já estavam no frio e a grandes altitudes há mais de mês, quando desistiram da sua tentativa de escalar o Everest. Os líderes de sua expedição, Dave Hahn and Linden Mallory e seus sherpas atingiram o cume no dia 21 de maio. 
Bill and Sara no Everest
(Fonte: www.rmiguides.com)
Sophie Denis, a francesa que conheci em Dingboche, também já conseguiu atingir dois cumes esta temporada, primeiro, no dia 5 de maio chegou ao topo do Cho Oyo, a sexta montanha mais alta do mundo (8201 m). De lá, ela foi em direção ao Lhotse (8516 m), chegando ao cume no dia 19 de maio. Isso tudo faz parte de seu projeto de escalar as 18 montanhas com mais de 8000 m.

Sophie Denis no topo do Cho Oyo
(Fonte: http://followtheclimb.blogspot.com/search/label/Cho%20Oyu0

Este ano, 325 pessoas já chegaram ao cume do Everest e 4 já morreram na sua tentativa de escalar a montanha mais alta do mundo.

NAMASTÊ

sábado, 14 de maio de 2011

Everest 2011

Olá!

Depois de voltar do Himalaia e entrar de novo na rotina, volto para colocar algumas notícias dos acontecimentos no Everest nessa estação.
Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar Carlos Santalena e Carlos Canelas os 2 brasileiros que chegaram ao cume, pela face sul, no Nepal, no dia 07 de maio!! PARABÉNS!! O Carlos Santaleno é o mais novo brasileiro a atingir o cume do Everest, com seus 24 anos!!
Carlos Canellas (esquerda) e Carlos Santalena (direita) no topo do mundo
Fonte: http://www.expedicaoeverest.com.br/2011/noticias/110506-e-07-Cobertura-Especial-do-ataque-ao-cume-do-Everest/

Infelizmente, Rodrigo Ranieri teve problemas com congelamento dos dedos dos pés e abortou a subida, retornando ao acampamento 4.
Outro brasileiro, Edimar Martins faz a primeira decolagem de parapente da base do Kala Patar, a 5300 m de altitude.
Edimar Martins voando no Himalaia. Foto: Rodrigo Ranieri
http://www.expedicaoeverest.com.br/2011/noticias/110511-O-primeiro-voo-de-parapente-da-base-do-Kala-Patar-Gorak-Shep/

Uma notícia impressionante é que Apa Sherpa, líder de escalada da Eco Expedition Everest 2011, da qual os brasileiros fazem parte, chegou ao cume pela 21a vez - Novo recorde mundial.

As notícias ruins são as duas mortes que já ocorreram na Everest este ano. A primeira foi do alpinista americano Rick Hitch de 55 anos, que morreu entre os acampamentos 2 e 3 no dia e a segundo foi do nepalês Sailendra Jumar Upadhyaya, de 82 anos, que morreu na geleira Khumbu no dia 09. Nossas preces e pensamentos para suas famílias.

NAMASTÊ

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Em JF - FOTOS

Olá!!
Já estou em JF tentando me recuperar das 48 horas de viagem e do fuso de 8:45 horas.
Postei hoje algumas fotos da viagem. As fotos foram colocadas junto com os textos publicados, pois assim ficam inseridas dentro do contexto da viagem.
Muito obrigado a todos pelo carinho e pelas mensagens.


NAMASTÊ

domingo, 10 de abril de 2011

De Volta a Kathmandu

Apesar da chuva a noite e o medo de cancelarem o voo, o dia amanheceu claro e o voo de volta a Kathmandu foi, meio perto demais das montanhas, mas, tranquilo.
Depois de quase 2 semanas no silencio e paz das montanhas do Himalaia, de volta a confusao, buzinas e poluicao de Kathmandu. Mas tudo tem uma compensacao, bom hotel, com espaco e banheiro no quarto, BANHO, temperatura agradavel e, o melhor de tudo, ROUPA LIMPA.
Alguns aspectos interessantes dessa viagem:
* O Nepal e um pais lindo, de cultura riquissima, muita religiosidade (Budismo e Hinduismo.
* Nos Himalaias a religiao predominante e o Budismo.
* O povo Sherpa (das montanhas) e extremamente agradavel, educado, mistico e feliz, apesar da enorme pobreza.
* O Himalaia e um dos lugares, senao o lugar, mais lindo que conheci.

Alguns aspectos do Trekking:
* Fazer um trekking de 2 semanas e pauleira, mas vale a pena.
* Depois de uns dias na trilha, principalmente com frio intenso, as nocoes de higiene, como tomar banho (geralmente os banheiros eram do lado de fora e com pouca agua), roupas limpas (nao tem espaco para levar nas mochilas e nao da tempo de lavar), vao ficando de lado. Repetimos, todos nos, meias, cuecas, camisas, calcas, blusas varias vezes. Dias sem banho, melhor nem contar. Algumas vezes, para nao dizer que nao tomei banho, usei lencinhos umidecidos, mas so nas partes mais criticas. Cheguei a ficar mais de uma semana sem ver meu rosto no espelho.
* Aquecimento - Nada que um coco de Yak seco não resolva para colocar no forno e aquecer o ambiente.
Pilha de coco de Yak ressecado para usar como "lenha".

* Banheiros, para que banheiros? Para que marmore, ceramica, privada? Bastam 4 paredes de madeira na beira da montanha, com o chao de tabuas, faltando um pedaco no meio. Agora, e so agachar e pronto. So nao pode errar o buraco. Ah! Depois, tem umas folhagens no canto, so varrer por cima - manobra do gato!
Um banheiro típico da trilha. Notar o espaço no chão onde temos que mirar.

* Banheiro fora do quarto a noite, naquele frio, nem pensar. Nada que uma garrafa de agua vazia nao resolva. Naquele frio todo, do lado de fora, se bobear nao dava nem para achar as coisas...
* Estar preparado fisicamente e mentalmente e importante. Apesar do caminho nao ter sido nada facil (Janela do Ceu em Ibitipoca e fichinha), nao tive nenhuma dificuldade nesse ponto. Agora, tem que torcer para nao pegar uma ziguezira no caminho, como aconteceu comigo.
* No mais, foi so curtir as endorfinas do exercicio, a paz, o silencio e o visual das montanhas mais altas do mundo.

Chego em JF no final da semana, sao 48 horas de viagem e so saio daqui na terca de manha. Chegando, com uma internet melhor, vou colocar umas fotos aqui.

Agora e pensar na proxima viagem. Conversando por aqui, me interessei muito num pequeno pais vizinho, tambem nos Himalaias, com lindas paisagens, trekking, mountain bike, uma cultura riquissima e um dos maiores indices de felicidade da populacao. O pais e o Butao. Entao quem sabe o proximo blog nao sera Zeca no Butao?

NAMASTE

sábado, 9 de abril de 2011

Namche - Lukla

Hoje foi ultimo dia de caminhada, e claro, nao podia deixar de ser, FODA!
Caminhamos 4 horas direto durante a manha. Ainda bem que foi mais descida e, com ajuda da gravidade, fica menos dificil. Mas, mesmo assim, foram 4 horas, sem parar. Almocamos na parte baixa do vale. Foi so uma hora e meia de descanso e depois, mais quase 3 horas andando sem parar ate Lukla. E, como estavamos la embaixo, foi quase so subida!
Colocando bandeiras de oração na Ponte Hillary

"Mani Stones" - Pedras com mantras budistas esculpidos.
Sempre devemos passar com o lado direito próximos a elas, mesmo que seja o caminho mais difícil

Se fosse ontem ou anteontem, acho que nao teria aguentado. Ainda bem que a gripe esta melhorando.
Amanha, se o tempo permitir, voamos de volta a Kathmandu. O aeroporto daqui e parecido com de JF, so funciona se o tempo deixar!
Depois de 2 semanas nas montanhas do Himalaia e de ter lido nesse tempo um livro sobre o assunto - My quest on the Yeti, R. Messner - nao encontrei nenhum Pe Grande por aqui!
Recebendo o lenço de agradecimento e despedida dos Sherpas do nosso grupo


NAMASTE

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Pheriche - Deboche - Namche Bazar

Ola!
Depois de uns 2 dias sem internet, estou de volta!! Obrigado a todos pelas mensagens!!
A gente pensa que porque subiu muito, voltar vai ser facil. Que nada!!
Sai de Pheriche ainda com uma gripe danada, daquelas, que se estivesse em casa, cancelaria o trabalho, mas como nao tem outro caminho de volta, pe na trilha.
Monumento em homenagens a todos que morreram no Everest desde a primeira expedição britânica em 1921
O nome do Victor Negrete está aí também

Caminho para Deboche 
Ama Dablam
Ainda bem que ontem foi um dia mais leve e caminhamos so durante toda manha, tendo a tarde livre em Deboche. Foi foda! Me arrastei pela trilha, mas cheguei la.
Deboche e uma pequena vila, de umas 4 casas, no meio do vale!! Descansei a tarde toda, tomei meu antibiotico, recarreguei um pouco a bateria! De tarde ja estava um pouco melhor.
Hoje, quando acordei e abri a janela, SURPRESA!! Vista para a turma toda, Everest, Nuptse, Lhotse e Ama Dablam.!
Da janela do meu quarto - Nuptse, Everest e Lhotse

Caminho para Namche

A surpresa e porque as manhas aqui tem sido lindas, mas a medida que vai passando de 13 horas, as nuvens vao descendo e a gente ve pouco das montanhas, que estao bem la no alto!
Hoje, estava ainda um pouco fraco, mas bem melhor. A trilha tambem foi bem mais pesada. Aqui e assim, para chegar la em cima, primeiro voce tem que descer bastante, cruzar o rio e depois subir tudo e mais um pouco de novo. Para chegar em baixo, que e o que estamos fazendo, nao e diferente. Entao, comecamos o dia com uma puta subida. Me arrastei e cheguei bem la em cima. Depois descemos para caramba e, e claro, voltamos a subir um pouco! Foi super cansativo. Cerca de 7 horas na trilha, mas chegamos bem em Namche Bazar.
Pela primeira vez encontrei com alguem do Brasil. Na verdade o pessoal de uma agencia de Sao Paulo, a Grade 6. Logo depois, encontrei com o Rodrigo Ranieri, com quem parei e conversei bastante. O Raniere ja escalou o Everest 2 vezes pelo Face Norte (lado do Tibet) e uma vez pela Face Sul (Nepal), e esta levando 2 brasileiros para tentarem o cume este ano!! Depois de conversarmos um pouco, desejei boa sorte e nos despedimos.
Um outro encontro legal na trilha, foi com a ave nacional do Nepal. Parece um faisao, mas e azul e bem mais colorido. Lindo!!
Ave nacional do Nepal
Namche vista de cima

Amanha, vou para Lukla e depois de amanha uma nova aventura, voar de Lukla!

NAMASTE

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Gorak Shep - Pheriche

Ola!!

Entao, vinha sentindo uma gripe nos ultimos dias e, com o aumento da altitude ela foi piorando. Cheguei muito cansado, com o corpo doendo em Gorak Shep. Tentei descansar, tomar uns veneninhos, inclusive Diamox, mas ontem acordei muito gripado, com o corpo todo doendo, secrecao nasal escura e febre. Tomei mais uns remedios, mas estava muito fraco e nao consegui fazer as 2 horas e meia de trekking ate o acampamento base. Desci entao para Pheriche, cerca de 800 m a menos de altitude e vou reencontrar o grupo aqui hoje para continuar o trekking.
Foi foda ter que voltar tao perto do acampamento base, mas nao tinha condicoes de saude para continuar. A gripe somada a altitude acima de 5000 m consome toda a energia do corpo. Cada passo que dava, precisava parar para respirar. Subir os 200 m que faltavam para o acampamento base seria um risco para minha saude!
O bom e que fica um motivo para voltar, pois valeu a pena cada passo que dei ate aqui!

NAMASTE

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dingboche - Laboche - Gorak Shep


Ola
Ontem fiquei sem internet, entao, sem dar noticias.
Fizemos um trekking de Dingboche a Laboche, chegando a 4900 m de altitude. A primeira parte foi tranquila, mas depois do almoco foi foda! Tinha uma senhora, Barbara, 75 anos, viajando com a gente e ela chegou super cansada no almoco. Fiquei para tras tentando a ajuda-la e acabei subindo muito rapido depois. Ou seja, cheguei morto em Laboche. Ela acabou nao aguentando e voltou.



Memorial a Scott Fisher
A caminho de Laboche - O lenço protege do ar muito seco e da poeira.
No caminho para Laboche

Keep Walking
Hoje, o dia acordou branco, com cerca de 5 cm de neve no chao. Estava lindo, mas gelado e o ruim que a gente nao ve as montanhas direito.
Estou em Gorak Shep, a ultima parada antes do acampamento base, e esta gelado, impossivel ir la fora.
Gorak Shep

Yaks chegando em Gorak Shep


NAMASTE

sábado, 2 de abril de 2011

Dingboche

Ola!!
Hoje foi um dia de aclimatacao, ou seja, acordamos cedo, fizemos um trekking de umas 3 horas, subindo de 4300 m ate 4600 m e voltando. Fiquei umas duas horas parado no ponto mais alto, para aclimatar melhor e viajar um pouco no visual. Estava entre o Ama Dablam e o Nuptse! Um visual simplesmente maravilhoso, especialmente com o ceu todo azul!
Hospedagem em Dingboche - Ao fundo o Ama Dablam

Trekking saindo de Dingboche

Proximidades de Dingboche - Trekking de aclimatação

Observando as montanhas

Dingboche - Nuptse ao fundo

Hoje consegui tomar um banho, foi de canequinha, mas a agua estava quente! E otimo ficar limpo!!
Tambem acabei bolando um jeito para o xixi da noite, arrumei uma "pi bottle", ou seja uma garrafa de agua vazia, que amanheceu cheia... rsrs
No mais, ta um frio do cao, amanhece cheio de gelo no chao, e com essas condicoes, ja imaginaram como e sistema de aquecimento do quarto, ne!! Saco de dormir e muita blusa!!!
Impossivel adicionar fotos. Quando voltar a Namche, coloco algumas!

NAMASTE

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Tengboche - Dingboche

Ola!!
Estou tentando colocar as fotos, mas e simplesmente impossivel, demora muito.
Hoje, foi a manha mais bonita que ja vi. Acordei antes do sol nascer e ele foi aparecendo por tras do Ama Dablam e os raios refletindo no Everest e no Lhotse. O ceu completamente azul. Simplesmente maravilhoso.
Amanhecer em Tengboche
Nuptse, Everest e Lhotse à esquerda e Ama Dablam à direita

Amanhecer em Tengboche com as montanhas ao fundo 
Entrada do Mosteiro de Tengboche
Amanhecer em Tengboche - Nuptse, Everest e Lhotse ao fundo

Mosteiro de Tengboche
A noticia ruim foi que a noiva de um dos colegas do grupo teve um AVC em Nova York e ele teve que pegar um helicoptero e voltar. Era um dos caras que eu mais conversava, pois estavamos sempre no fim da fila, parando para tirar fotos.
No mais, a caminhada nao foi tao pesada, mas a altitude aumentando a gente vai ficando mais cansado. Hoje, estamos em Dingboche, uma pequena vila, no plato, rodeado por enormes paredes de montanhas, Ama Dablam, Nuptse, entre outras. Passaremos duas noites aqui para aclimatacao.
Chegando a Dingboche
O foda e que o banheiro e do lado de fora do quarto, digo do lado de fora de tudo, tem que passar ao ar livre para fazer um xixi na madrugada. E, como a gente tem que beber  muita agua durante o dia para evitar problemas com a altitude, tenho acordado umas 3 vezes na madrugada para urinar.
Outra coisa, sao os banhos, impossivel nesse frio, com o chuveiro do lado de fora. Ontem tomei um verdadeiro banho de gato, com lencos umidecidos. rsrsrsrs. Fazer o que? A galera toda do mesmo jeito... Sou o mais incomodado com a falta de banho.

NAMASTE

quinta-feira, 31 de março de 2011

Namche Bazar - Tengboche

Ola
Estou adorando receber os comentarios, leio todos, mas como o tempo em frente do computador e pequeno, nao da para responder. Vou so mandando noticias.
Bem, hoje foi dia pesado. Muito morro, para baixa e depois para cima. Estavamos a 3440 metros, descemos para menos de 3200 m e depois subimos para 3850 m, isso tudo numa curta distancia horizontal em linha reta, mas em mais de 11 km de caminhada. Foi foda!!! As pernas chegaram doce aqui em cima. Mas, estou super bem, e hoje de manha, a 3440 m, minha saturacao de O2 foi 97%, acho que nada mal para o ar rarefeito.
Um pouco do visual do caminho

Uma das partes onde a trilha era leve
Mas nem tudo é leve, muita subida e muitas pedras no caminho
Uma parada para o almoço

À medida que vai passando do meio dia, as nuvens começam a baixar

A parte da manha foi linda, o dia estava azul e caminhamos ao lado do Ama Dablam, que e considerada uma das mais lindas montanhas do mundo, e realmente e maravilhosa. Ao do Ama Dablam, estava o Lhotse e o Everest, que so se mostrou por poucos minutos e depois se escondeu nas nuvens.

Contemplando o Ama Dablam (ao fundo à direita)
Chegando em Tengboche, tivemos a chance de assistir uma cerimonia de prece budista no mosteiro daqui, e bastante famoso, principalmente entre os escaladores, que param aqui para receber bencaos antes de suas escaladas. Tambem participamos de uma cerimonia que o Lama bencou nossas bandeiras de oracoes, que sao umas bandeiras coloridas com mantras escritos, que sao penduradas bem alto para que o vento leve as preces aos deuses.
Cerimônia Budista no Mosteiro de Tengboche

Agora, vou por as pernas para cima, que amanha tem mais!!

NAMASTE